Graças ao processo da individualização do ser,
superando as etapas primárias, na fase animal, o predomínio do ego desempenhou
papel de primordial importância trabalhando-o para vencer o meio hostil e os
demais espécimes, usando a inteligência e o raciocínio como forças que o
tornavam superior, deixando os remanescentes da falsa condição de dominador do
meio ambiente e de tudo quanto o cerca.
Como conseqüência, passou a acreditar que também poderia dominar o corpo, estabelecendo suas metas sem lembrar-se da
transitoriedade e da fragilidade da maquinaria orgânica.
Impossibilitado de governá-lo, quanto gostaria, já
que o organismo tem as suas próprias leis, que independem da consciência, como
a respiração, a circulação a digestão, a assimilação e outras, esses fenômenos ferem-lhe o egotismo e levam-no, não raro, a estados depressivos
perturbadores.
A mente, encarregada de proceder ao comando,
experimenta então um choque com os equipamentos que direciona, em razão de ser
metafísica, enquanto esses são de estrutura física,portanto, ponderáveis.
Ante a impossibilidade de exercer o seu predomínio total sobre o corpo, o ego estabelece mecanismos patológicos inconscientes de
depressão, desejando extinguir aquilo que o impede de governar soberano. Trata-se
de uma forma de autopunição, porquanto, dessa maneira, se realiza
interiormente. Como, porém, a mente não depende do corpo, quando esse
sobrevive à patologia autodestrutiva, o ego esmaece e abrem-se perspectivas de ampliação dos sentimentos, como altruísmo, fraternidade, interesse pelos
demais.
O egoísmo é invejoso, porque aspirando tudo para
si, lamenta o prejuízo de não conseguir quanto gostaria de deter, e por isso,
inveja o corpo que não se lhe submete, preferindo matá-lo, na insânia em que
se debate.
Lutar pela sobrevivência é tarefa específica da mente
entre outras, com objetivo essencial de tudo empenhar por consegui-lo. Por
isso, logra superar as injunções egotistas e ampliar o sentido e o significado
da vida.
O ser humano está fadado à glória solar, acima das
vicissitudes, às quais se encontra submetido momentaneamente como resultado
do seu processo evolutivo, que o domina em couraças, de que se libertará, a
pouco e pouco, utilizando-se dos recursos bioenergéticos e outros que as
modernas ciências da alma lhe colocam ao alcance, ajudando-o no crescimento
interior e na conquista do super-ego.
Fonte: Amor imbatível amor / Divaldo P. Franco/
espírito Joanna de Angellis do Blog do Triângulo da Fraternidade
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